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Documentários brasileiros na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre
30/01/2018
Publicado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) em parceria com o Canal Brasil e o Grupo Editorial Letramento, o livro Documentário brasileiro – 100 filmes essenciais reúne 100 ensaios sobre documentários de diferentes épocas e formatos, escolhidos em votação realizada no primeiro semestre de 2017, com a participação de críticos da Abraccine e convidados. Conta ainda com 20 textos sobre personagens e movimentos importantes na história do gênero no Brasil.
O lançamento na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre, no sábado, 11 de novembro de 2017, inicia às 15h com o painel O documentário no Brasil – perspectiva histórica e relevância estética, reunindo críticos do Rio Grande do Sul que escreveram no livro: Adriana Androvandi (Lixo extraordinário), Daniel Feix (Corumbiara e o ensaio sobre o Pós-documentário), Fatimarlei Lunardelli (Imagens do inconsciente), Ivonete Pinto (Soy Cuba, o mamute siberiano), Marco Tomazzoni (Terra deu, terra come), Marcos Santuário (Loki – Arnaldo Baptista), Marcus Mello (A paixão de JL), Robledo Milani (Dzi Croquettes), Roger Lerina (Nelson Freire) e Willian Silveira (Cidadão Boilesen).
O painel será no Auditório Barbosa Lessa – Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo (Rua dos Andradas, 1223), seguido de sessão coletiva de autógrafos a partir das 19h, na Praça de Autógrafos da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre. Na Feira o livro é comercializa pela Livraria Palmarinca.
Documentário brasileiro é o segundo volume da coleção dedicada ao cinema nacional produzida pela Abraccine e o Canal Brasil – o primeiro foi 100 Melhores filmes brasileiros, também da Letramento, lançado em 2016. De confecção luxuosa, em formato de livro de arte e fartamente ilustrada, a publicação parte dos pioneiros do gênero que desbravaram o interior do Brasil em busca de imagens nos anos de 1910, como Silvino Santos e o Major Thomas Reis.
A abordagem passa por Humberto Mauro, à frente do Instituto Nacional do Cinema Educativo (Ince), pelos fundadores do Cinema Novo e de realizadores que dedicaram-se à problemática social. Nomes fundamentais ganham capítulos especiais, como Eduardo Coutinho (Cabra marcado para morrer), Andrea Tonacci (Serras da desordem), Silvio Tendler (Jango), Sylvio Back (A guerra dos pelados) e os irmãos João Moreira e Walter Salles.
O livro também traz a representação das mulheres, dos negros, dos indígenas e da periferia no documentário e aborda a presença do gênero no desenvolvimento do cinema experimental, da Boca do Lixo e da videoarte. Mais de 600 títulos foram citados no processo de votação. “Mesmo que alguns filmes marcantes não estejam presentes entre os 100 filmes essenciais, eles são analisados com profundidade nesta parte histórica”, registra Paulo Henrique Silva, organizador do livro e presidente da Abraccine.