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Gaúcho Otto Guerra entre os melhores da animação no país
22/02/2018
O cineasta gaúcho Otto Guerra é o principal nome da animação brasileira, conforme votação dos membros da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. O ranking será a base para um livro no mesmo formato de 100 Melhores filmes brasileiros e Documentário brasileiro – 100 filmes essenciais, lançados em 2016 e 2017 pela Abraccine. O menino e o mundo, de Alê Abreu, escolhido como a melhor animação brasileira, foi o único filme citado por todos os votantes. Já Otto Guerra foi o realizador com mais títulos incluídos entre as cem melhores animações do cinema nacional. Estão na lista quatro filmes, dois deles entre os dez primeiros: Até que a Sbórnia nos separe (2013), codirigido por Ennio Torresan Jr., em quarto lugar; e Wood & Stock: sexo, orégano e rock’n’roll (2006), em nono. Guerra ainda aparece na lista com o curta Novela (1992), em 32º, e o longa Rocky & Hudson, os caubóis gays (1994), em 50º.
A lista é formada por uma variedade de curtas e longas que marcaram a história da animação brasileira, desde a mais antiga Macaco feio… macaco bonito… de 1928 (30ª posição), de João Stamato e Luis Seel, até as recentes Torre, de Nádia Mangolini, em 16º e Vênus – Filó, a fadinha lésbica, de Sávio Leite, em 67º, produções de 2017. Apesar do predomínio de longas entre os dez melhores, o formato de pequena duração é responsável por 83 títulos dos 100 ranqueados, reforçando o papel da animação em termos de experimentação estética, narrativa e de linguagem.
Junto com O menino e o mundo (2013), indicado ao Oscar em 2016 e vencedor do Festival de Annecy em 2014, obras historicamente importantes compõem a lista. Há o primeiro longa animado Sinfonia amazônica (1953), de Anélio Latini Filho; o primeiro longa colorido, Piconzé (1973), de Ippe Nakashima e As aventuras da turma da Mônica (1982), assinado pelo diretor que mais longas animados dirigiu no país: Maurício de Sousa.
A eleição das 100 melhores animações brasileiras é fruto de uma parceria da ABCA com a Abraccine. Num primeiro momento, a associação de animadores escolheu internamente os 100 trabalhos mais representativos de sua história, sem qualquer ordem de preferência no resultado final. Em seguida, a Abraccine montou uma comissão especial para incluir mais alguns títulos, ausentes na lista original, mas que pareciam importantes de serem considerados. A partir dessa lista de 115 títulos, os votantes escolheram os 50 melhores, em ordem de preferência. Os 100 mais bem posicionados compõem o ranking.
Animação brasileira – 100 filmes essenciais será lançado em 2018 como parte das comemorações do centenário da animação brasileira e contará novamente com a parceria do Canal Brasil. Será um lançamento conjunto com a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) e com o Grupo Editorial Letramento.
RANKING DA ABRACCINE
- O Menino e o Mundo (2013), de Alê Abreu
- Uma História de Amor e Fúria (2013), de Luiz Bolognesi
- Meow! (1981), de Marcos Magalhães
- Até que a Sbórnia nos Separe (2013), de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
- Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
- Sinfonia Amazônica (1953), de Anélio Latini Filho
- Guida (2014), de Rosana Urbes
- Boi Aruá (1984), de Chico Liberato
- Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll (2006), de Otto Guerra
- Animando (1983), de Marcos Magalhães
- Frankenstein Punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca
- As Aventuras da Turma da Mônica (1982), de Maurício de Sousa
- Até a China (2015), de Marão
- Cassiopéia (1996), de Clóvis Vieira
- O Projeto do meu Pai (2016), de Rosaria
- Torre (2017), de Nádia Mangolini
- De janela pro cinema (1999), de Quiá Rodrigues
- Piconzé (1973), de Ippe Nakashima
- O Grilo Feliz (2001), de Walbercy Ribas
- Linear (2012), de Amir Admoni
- O Dragãozinho Manso: Jonjoca (1942), de Humberto Mauro
- Castillo y el armado (2014), de Pedro Harres
- A Garota das Telas (1988), de Cao Hamburger
- As Aventuras do Avião Vermelho (2012), de Frederico Pinto e José Maia
- Menina da Chuva (2010), de Rosaria
- Almas em Chamas (2000), de Arnaldo Galvão
- Historietas Assombradas (para crianças malcriadas) (2005), de Victor-Hugo Borges
- Vinil Verde (2004), de Kleber Mendonça Filho
- As Aventuras de Virgulino (1939), de Luiz Sá
- Macaco Feio… Macaco Bonito… (1928), de João Stamato e Luis Seel
- Deus é Pai (1999), de Allan Sieber
- Novela (1992), de Otto Guerra
- Amassa que elas gostam (1998), de Fernando Coster
- A Princesa e o Robô (1983), de Maurício de Sousa
- Minhocas (2006), de Paolo Conti e Arthur Nunes
- Eu queria ser um monstro (2009), de Marão
- The Masp Movie: O Filme do Masp (1986), de Hamilton Zini Jr., Salvador Messina e Sylvio Pinheiro
- O Divino, De Repente (2009), de Fabio Yamaji
- O Quebra Cabeça de Tarik (2015), de Maria Leite
- Adeus (1988), de Céu D’Ellia
- Ritos de Passagem (2012), de Chico Liberato
- Quando os Dias Eram Eternos (2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos
- O Átomo Brincalhão (1964), de Roberto Miller
- O Céu no Andar de Baixo (2010), de Leonardo Cata Preta
- Vida Maria (2006), de Márcio Ramos
- Josué e o pé de macaxeira (2009), de Diego Viegas
- Pudim de Morango (1979), de Ingrid, Rosane, Elizabeth e Helmuth Wagner
- Furico e Fiofó (2011), de Fernando Miller
- Graffiti Dança (2013), de Rodrigo EBA!
- Rocky & Hudson, os Caubóis Gays (1994), de Otto Guerra
- Jonas e Lisa (1994), de Daniel Schorr e Zabelle Côté
- Balloons (2007), de Jonas Brandão
- Calango Lengo – Morte e vida sem ver água (2008), de Fernando Miller
- Passo (2007), de Alê Abreu
- Tyger (2006), de Guilherme Marcondes
- Faroeste: um autêntico western (2013), de Wesley Rodrigues
- Noturno (1986), de Aída Queiroz
- Tzubra Tzuma (1983), de Flavio del Carlo
- Deu no Jornal (2005), de Yanko Del Pino
- Yansan (2006), de Carlos Eduardo Nogueira
- Casa de Máquinas (2007), de Daniel Herthel e Maria Leite
- Hamlet (1975), de José Rubens Siqueira
- Tempestade (2010), de Cesar Cabral
- Ballet de Lissajous (1973), de Aluizio Arcela Jr. e José Mário Parrot
- Até o Sol Raiá (2007), de Fernando Jorge e Leandro Amorim
- Os Anjos do Meio da Praça (2010), de Alê Camargo e Camila Carrossine
- Vênus – Filó, a fadinha lésbica (2017), de Sávio Leite
- Cabeça Papelão (2004), de Quiá Rodrigues
- Balanços e Milkshakes (2010), de Erick Ricco e Fernando Mendes
- Céu, inferno e outras partes do corpo (2011), de Rodrigo John
- A Saga da Asa Branca (1979), de Lula Gonzaga de Oliveira
- Caminho dos Gigantes (2016), de Alois Di Leo
- O Ex-mágico (2016), de Maurício Nunes e Olímpio Costa
- Abstrações: Estudos n°. 1 (1960), de Bassano Vaccarini e Rubens F. Lucchetti
- AmigãoZão (2005), de Andrés Lieban
- Castelos de Vento (1998), de Tania Anaya
- Dia Estrelado (2011), de Nara Normande
- Planeta Terra (1986), coletivo
- Viagem na Chuva (2014), de Wesley Rodrigues
- El Macho (1993), de Ennio Torresan Jr.
- Quando os Morcegos se Calam (1986), de Fabio Lignini
- Chifre de Camaleão (2000), de Marão
- Faz Mal… 2, Super-Tição! (1984), de Stil
- Aquarela (2003), de Andrés Lieban
- Belowars (2008), de Paulo Munhoz
- A Lasanha Assassina (2002), de Ale McHaddo
- Cidade Fantasma (1999), de Lisandro Santos
- Primeiro Movimento (2006), de Érica Valle
- Peixonauta – Agente secreto da O.S.T.R.A. (2012), de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
- História Antes de uma História (2014), de Wilson Lazaretti
- Égun (2015), de Helder Quiroga
- Campo Branco (1997), de Telmo Carvalho
- Informística (1986), de Cesar Coelho
- Fluxos (2014), de Diego Akel
- Engolervilha (2003), coletivo
- Juro que Vi (2003-2009), de Humberto Avelar
- Lúmen (2007), de William Salvador
- Os 3 Porquinhos (2006), de Cláudio Roberto
- Reflexos (1974), de Antônio Moreno e Stil
- Linhas e Espirais (2009), de Diego Akel