Publicações
A crítica de cinema em Porto Alegre na década de 1960 (SMC/Editora da UFRGS, 2008), percorre a cultura cinematográfica, a cinefilia e o cineclubismo na capital gaúcha nos anos 60. Aborda uma época de efervescência protagonizada por jovens críticos que defendiam com paixão seus filmes e cineastas preferidos à luz da filosofia com a qual conviviam nos ambientes da cidade e das ideias do cinema de autor que chegavam pela revista Cahiers du Cinéma. Hélio Nascimento, Hiron Goidanich, Enéas de Souza e Jefferson Barros eram os jovens e P. F. Gastal e Plínio Moraes os decanos que, desde os anos 30, atuavam na crítica rio-grandense. Suas memórias, histórias e pensamentos são trazidos pela pesquisa apresentada como tese de doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 2002. A publicação em livro deve-se a Marcus Mello, que o inseriu na série Escritos de Cinema, da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, e foi responsável por sua produção e organização, juntamente com Maria Angélica dos Santos, em 2008. A eles sou grata pela dedicação e cuidado no tratamento da pesquisa que fiz com afeto e da qual tenho singelo orgulho.
Quando éramos jovens: história do Clube de Cinema de Porto Alegre (Editora da UFRGS/UE da SMC, 2000) recupera personagens e momentos da trajetória do Clube de Cinema de Porto Alegre, o mais antigo em atividade no Brasil, fundado em 13 de abril de 1948. Na ocasião do cinquentenário, em 1998, o crítico Hiron Goidanich propôs a Bia Barcellos, então Coordenadora de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura, que se fizesse um livro comemorativo. Eu tive a alegria de fazer a pesquisa e, com prazer, contar a história desse cineclube querido no qual ingressei quando estudava jornalismo, em 1982. Minha visão do cinema – que procuro ainda manter – se formou naquele ambiente de generosa cinefilia em que todos os filmes eram considerados dignos de um olhar atento e curioso. Os cineclubistas de diferentes gerações – cujos relatos me ajudaram a compor as várias histórias do Clube – repetiam-se na ênfase das sensações agradáveis de se entregar ao espetáculo do filme na tela. É uma emoção que reconheço, ainda me espanta e que anseio experimentar a cada filme que vejo ou revejo. O livro integra a série Escritos de Cinema e foi coeditado pela Unidade Editorial da SMC e Editora da UFRGS.
Ô Psit! O cinema popular d’Os Trapalhões (Editora Artes & Ofícios, 1998) aborda o fenômeno espetacular do grupo realizou 38 filmes e vários deles ultrapassaram a casa dos cinco milhões de espectadores. A análise deste fenômeno dá aos Trapalhões o seu merecido destaque na história do cinema brasileiro.
Capítulos de Livros Publicados
Cantos de trabalho. In: Curta brasileiro: 100 filmes essenciais. Belo Horizonte: Editora Letramento, 2019, p. 170-171. Organização: Paulo Henrique Silva e Gabriel Carneiro
Cultura cinematográfica, cinefilia e crítica no Rio Grande do Sul. In: Trajetória da crítica de cinema no Brasil. Belo Horizonte: Letramento, 2019, p. 321-334. Organização: Paulo Henrique Silva.
Imagens do inconsciente. In: Documentário brasileiro 100 filmes essenciais. Belo Horizonte: Grupo Editorial Letramento, 2017, p. 60-63. Organização: Paulo Henrique Silva.
Os saltimbancos trapalhões. In: 100 melhores filmes brasileiros. Belo Horizonte: Grupo Editorial Letramento, 2016, p. 377-380. Organização: Paulo Henrique Silva.
A última esperança da terra. In: Fim do mundo: guerras, destruição e apocalipse na história e no cinema. Porto Alegre: Argonautas, 2012, p. 62-65. Organização: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli.
Paulo Emílio, P.F Gastal e Gramado. In: Paulo Emílio Salles Gomes: o homem que amava o cinema e nós que o amávamos tanto. Brasília: 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, 2012, p. 55. Organização: Maria do Rosário Caetano
O príncipe valente. In: Os filmes que sonhamos. São Luis: Lume Produções Cinematográficas, 2011, p. 189-192. Organização: Frederico Machado
Rocky IV, boxe e a guerra fria. In: Vida é jogo! Ensaios de história, cinema e esporte. Porto Alegre: Letra & Vida Editora, 2011, p. 40-48. Organização: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli.
Apocalypse now, um filme psicodélico. In: Tio Sam vai à guerra: os conflitos bélicos dos Estados Unidos através do cinema. Porto Alegre: Letra & Vida, 2010, p. 219-227. Organização: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli.
Versões e interpretações de Blade Runner: o caçador de androides. In: A prova dos 9: a história contemporânea no cinema. Porto Alegre: Suliani Letra & Vida, 2009, p. 215-223. Organização: Cesar Augusto Barcellos Guazzelli.
O cineclubismo e a centralidade do cinema: debate cultural em Porto Alegre na metade da década de 60. In: Comunicação e práticas culturais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004, p. 93-108. Organização: Ana Cláudia Gruszynski [et al.]
Cinema e realismo. In: Jornalismo no cinema Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2002, p. 203-214. Organização: Christa Berger.
Vozes dos bastidores. In: Gramado: 30 anos de cinema brasileiro – história visual. Gramado: Cicsat, 2002, p. 45-67. Organização: Davide Quintans.
Enciclopédia do Cinema Brasileiro (Autoria de 5 verbetes). In: Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo: SENAC, 2000. Organização: Fernão Pessoa Ramos e Luiz Felipe Miranda.
O cineclubismo em Porto Alegre. In: Cinema no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UE Porto Alegre, 1995, v.8, p. 33-38. Organização: Tuio Becker.
Livros Organizados
Ismail Xavier: um pensador do cinema brasileiro. São Paulo: Edições Sesc, 2019. Organização: Fatimarlei Lunardelli, Ivonete Pinto, Humberto Pereira da Silva.
Unicultura. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. Organização: Fatimarlei Lunardelli, Claudia Mara Alfaro Boettcher, Lígia Petrucci.
Demais Produções Bibliográficas
Mulheres atrás das câmeras: as cineastas brasileiras de 1930 a 2018. Verbete de livro. São Paulo: Estação Liberdade, 2019. Organização: Luiza Lusvarghi e Camila Vieira da Silva.
Cinema Gaúcho: diversidades e inovações. Apresentação. Porto Alegre: Sulina, 2009. Organização: Cristiane Freitas Gutfreind e Carlos Gerbase.